sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A busca pela vida missonária e suas implicações.

Mesmo com o carinho, apoio e receptividade da Igreja Presbiteriana, o Homem Polaco não consegue aderir a questões doutrinárias e continua seus contatos com as Igrejas Orientais. Quando ainda morava em Três Rios, tentou ingressar na Igreja Siriana do Brasil, foi aceito e entretanto não aparceu para celebrar nenhuma missa. Depois de algum tempo, concordou e colocou seus documentos na Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia e foi convocado para clebrar sua primeira missa na Igreja e algo interessante lhe acontece. Ele programa seu despertador para acordar cedo e no dia seguinte, segue a caminho do ponto de ônibus e espera...Depois de uns minutos percebe que algo está errado e pergunta para alguém que estava ao seu lado se o ônibus está atrasado e a pessoa lhe responde que o ônibus já teria passado a minutos atrás. O Homem Polaco assimila isso como sinal de Deus e decide desistir, mas mantém seus contatos com as Igrejas Orientais. Também entra no site ecumênico onde encontra outros colegas ex-padres e dividem via internet suas experiências de vida, seus anseios, desejos etc...Entretanto, o tempo vai passando e o Homem Polaco tem que tomar decisão se vai aderir ao mundo da Reforma e se tornar um pastor reformado ou não. A Fundação que mantém os padres (En la Calle Recta) que deixam a batina para constituir uma familia dá para o padre 02 anos de sustento e estudos para ele e a familia onde eles decidirão se aderem ou não.
O Homem Polaco sente o peso da sua decisão. Sabe que para um padre na idade dele, que tendo como curso superior apenas teologia e filosofia o mercado de trabalho está praticamente fechado e sabe que tem agora não só a ele, mas a familia que ele constituiu e que é responsavél pelo sustento da mesma.
Por outro lado, os valores dados a ele pelos pais, a criação e o berço católico sempre falaram alto em suas veias. Para ele, não era simplismente se tornar um pastor e sair pregando e ganhando um bom salário, mas, ele pensava acima disso, antes de pregar para os outros, ele mesmo teria que ter convicção do que pregava e defender o que ele pregava. Como ele poderia ser um pastor reformado se ele não aceitava o mundo da reforma? Como ele iria convecer as pessoas das questões doutrinarias se ele mesmo não estava convencido?
O Homem Polaco presava pela sinceridade e honstidade. E foi pesando tudo que tomou uma decisão difícil e arriscada de deixar tudo e ir embora de Viçosa. O que ele não faria de jeito algum era pregar algo que ele mesmo não defendia ou não acreditava.  Como estava acabando o prazo e ele tinha que tomar decisão e no momento não tinha nada em vista, resolveu ir morar em Mairi, cidade onde foi paróco e onde a familia da sua esposa vivia, o que não seria nada fácil regressar aquele local porém,  não tinha outra solução no momento.
No final de novembro2002, o Homem Polaco decide regressar para Mairi com sua familia, deixando para trás Viçosa e o mundo da reforma.

A familia Kropidlowski chega em Mairi e encontra seus familiares. Com passar das festividades do natal e ano novo, o Homem Polaco recebe a proposta de ser padre Ortodoxo na Igreja de Volta Redonda, onde ajudaria seu colega, padre Esdon nas missões Ortodoxas e aceita o convite.
O Homem Polaco deixa sua esposa e filho em Mairi com seus familiares e parte em busca de uma nova realidade em Volta Redonda. Um mundo novo e dificil desaponta na vida da familia.
Depois de estar lá, a comunidade aluga uma casa para o padre Miro e sua familia viver. Então, o Homem Polaco, volta a Mairi para buscar sua esposa e filho. Ele de uma certa forma sente-se feliz ao voltar ao ministério, a vida missonária e por outro lado, se confrontava com uma nova realidade onde sustentar a familia era um imenso desafio. Mas a fé dele em Deus era imensa,  mesmo diante dos obstáculos não se abatia, pelo contrário, ao ver sua esposa desmotivada e com pena ás vezes dela tão jovem e já de uma certa forma amadurecendo a força, olhava e dizia sorrindo: -Calma amor, tudo vai da certo, eu te amo!
O Homem Polaco continua sua busca por sobrevivência e melhoria de vida. Tenta traduções pela internet, mas ganha muito pouco, e não desiste de lutar. Continua seus contatos pela internet nos sites ecumênicos e luta dia-a-dia  para vencer na vida.



Pe. Miroslaw, Pe. Edson e Diac. Luiz Fernando. Comunidade Ortodoxa São Jorge.




Pe. Miroslaw e Pe. Edosn na Comunidade Mãe de Deus.
 


Padre Miroslaw na comunidade Ortodoxa da Siderlândia. Volta Redonda.
 


Pe. Miroslaw, Pe. Edosn e Diac. Luiz Fernando na Comunidade da Sidrelândia.
 

Colegas padres Ortodoxos. Volta Redonda-Rj 
 
Sente feliz e agradecido ao padre Edson pelo convite, manutenção e vida missionária na Missão Ortodoxa, mas sente também que precisa de algo onde consiga manter sua familia, o que não era nada fácil.
Com o passar do tempo, recebe o convite do padre Maury para trabalhar nas missões da Igreja Ortodoxa em Santo Antonio do Sudoeste, sul do Brasil. Estava lá também, seu colega Luiz Fernando que passou por Viçosa. Na prespectiva de uma vida missionária e sustentavél melhor, ele aceita o convite e parte com sua familia deixando Volta Redonda com muita gratidão ao padre Edson e os irmãos que acolheram e vai em busca de mas uma aventura. O medo, a incerteza toma conta dele, mas o ter que buscar estava acima do querer buscar. Em outubro de 2003 o Homem Polaco e sua familia chegam em Santo Antonio do Sudoeste onde é recebido pelo padre Maury e sua familia, reencontra seu colega Luiz Fernando e conhece o novo lugar onde iria morar e fazer missões.



Pe. Miroslaw celebrando na comunidade de Santo Antonio Paraná.
  Começa ali uma nova realidade nada fácil para o casal que dependia da boa vontade do padre que a convidou para sobrevier. Longe de todos alí se encontrava a familia Kropidlowski amparados pela graça de Deus. Com o passar do tempo, o Homem Polaco percebe que alí não era o lugar certo e que não deixaria sua familia naquele local e naquela realidade tão brusca. Mas o que fazer? Estava longe de todos e não tinha recursos para ir embora para cidade da esposa. Buscou ajuda ao padre para voltar para Mairi, o qual, recusou em ajudá-lo. Mesmo diante dessa dura realidade, o Homem Polaco não se deixava abater lutava sempre. Foi então que encontrou no site ecumênico, um ex-padre e vice-prefeito que morava em Senhor do Bonfim  que conhecendo apenas pela internet, estendeu a mão e decediu ajudá-lo oferecendo a ele um cargo de diretor de colégio público em sua cidade. Foi aí então, que com a ajuda do seu amigo de Senhor do Bonfim e outro amigo também ex-padre do Peru consegiu ajuda para sair daquela cidade e regressar para Mairi onde depois iria para seu novo destino, Senhor do Bonfim-bahia.

A vida a dois, a chegada do filho e seus desafios.

O jovem casal deixaram Viçosa e partiram para uma nova etapa de vida em Três Rios, cidade onde morava o amigo do casal Walenty e sua familia. Depois de ter experimentado a vida sacerdotal, a vontade  do Homem Polaco era de constituir uma familia e ser pai, deixar raízes. Ele achava que deveria acontecer logo a dádiva de ser pai, pois achava-se com idade avançada e que não viveria por muito tempo.
Um mês depois da chegada em Três Rios, recebe a mais emocionante noticia da sua amada que ele seria pai. Para ele foi um momento mágico, um sonho que acabava de realizar em sua vida, o Homem Polaco, ex-padre segundo a Igreja Católica, agora seria um pai de familia, teria a sua vontade realizada, seria pai.
O casal feliz por essa nova vida a dois, com um filho a caminho, tocam sua vida na cidade Três Rios. O Homem Polaco começa a tradução de livros da Igreja Reformada e com a tradução começa a ver o mundo da reforma com outro olhar.

Com o passar do tempo, ver também a possibilidade de ingressar numa Igreja Ortodoxa ou Siriana, onde, como padre casado, poderia também exercer seu trabalho missionário que tanto amava. Depois de alguns contatos, conheceu o padre Edson da Igreja Ortodoxa em Volta Redonda-RJ e dias depois, resolve fazer uma visita a comunidade local. O Homem Polaco conhece de perto a Missão Ortodoxa, troca contatos com o então padre Edson e regressa para Três Rios com o coração cheio de vontade de ser mas um missonário Ortodoxo, entretanto, sente também medo de se arriscar. Agora ele já não estava só, mas tem uma esposa e um filho que estava a caminho e que precisavam dele. Um mundo de confusão novamente a deixa sem respostas, mas sua confiança em Deus a faz corajoso para enfrentar todas as adversidades.

Nove meses se passam e com ele chega o grande dia, o filho do padre nasce no dia 31 de março de 2002 ás 11:32 no Hospital de Clínicas N. Srª da Conceição em Três Rios-Rj, com 3.510 kg. Felicidade inexplicavél do Homem Polaco ao ver em seus braços seu único filha que acabara de nascer e seu sonho realizado.  O menino recebeu o nome de Daniel Silva Kropidlowski, que biblicamente significa, somente o Senhor é o meu juíz.

Após apanhar seu filho nos braços, o Homem Polaco e sua esposa, ouvem do peditara que Daniel nasceu com pé torto, conhecido como pé bola e que teria que entrar logo em tratamento para recuperar o mas cedo possivel e a criança no ter problemas maiores no futuro. Ambos ficam angustiados, mas se fortalecem em Deus e lutam juntos com apoio da familia e amigos para que o tratamento do seu filho seja rápido e eficaz.
Após o nascimento de seu filho e do tempo que passou em Três Rios com traduções dos livros da Igreja Reformada, mesmo com tantos questionamentos, O Homem Polaco resolve voltar para Viçosa e tentar novamente os estudos de missologia no CEM. Em Abril de 2002, regressa a Viçosa com sua esposa, filho e sua sogra Bernadete rios que estava junto com eles. Recomeçam ali sua vida e o tratamento do pequeno Daniel Kropidlowski. O Homem Polaco e sua familia começam a congregar na CPV (Comunidade Presbiteriana de Viçosa) onde são bem acolhidos pelos irmãos. Com o passar do tempo, ele, esposa e filho recebem o batismo da Igreja Presbiteriana de Viçosa-MG. (As Igrejas evengélicas não aceitam o batismo da Igreja Católica, e junto com o pequeno Daniel, o jovem casal também foram batizados.)
Ambos não viam mal nesse ato. Ser ungidos pela palavra de Deus é muito bom independente de um rebatismo ou não. O casal e o filho foram batizados pelo Pr. que acolheu eles tão bem e que fez também o casamento o Rev. Elbén Menezes Lénz.

Mesmo com toda acolhida dos irmãos Presbiterianos, com estudo da palavra e meios para crescer o Homem Polaco ainda não consegue se encontrar no mundo da Reforma e começa a buscar outros meios. Começa então a buscar contatos com as Igrejas Orientais e com a Igreja Anglicana. Depois de algum tempo também é chamado pelo Pr. Elbén para conhecer um ex-monge que com sua esposa também buscavam apoio e junto com pastor Elbén seguiram para Belo Horizonte onde conheceram o Casal Luiz Fernando e Regina que em daria a luz a uma linda menina. Dias depois, o casal veio morar em Viçosa também e começou ali uma amizade saudavél entre as familias que tinham história em comum. Juntos, eles conversavam e discutiam sobre o mundo da Reforma, as possibilidades de retomar o sacerdócio em uma Igreja onde o padre pode constituir familia e sobre o futuro de cada um.
Com o passar do tempo seu colega Luiz Fernando e sua familia decidem ir embora de Viçosa e eles mantém contatos e vinculos de amizade. O Homem Polaco e sua familia continuam em Viçosa e em novembro de 2002 o pequeno Daniel fez sua ciruirgia para a correção do pé que nasceu torto. O jovem casal lutam e com apoio da comunidade, amigos e familia conseguem com sucesso o tratamento do pé e seu filho recebe alta.
O jovem casal ficam esperançosos para ver o desenvolvimento do pequeno Daniel e tinham esperança que mesmo com a diderença de 0,03 cm de um pé para outro, que o Daniel podesse andar normal, brincar e correr. O Homem Polaco costumava brincar dizendo que o Daniel não seria um ótimo jogador de futebol, mas que concerteza chutaria bem a bola.